sábado, 17 de dezembro de 2011

Bullying Institucional - Repetência e recuperação

A recuperação foi uma invenção lá dos anos 70, aproximadamente, para impedir não a repetência, mas a convivência dos alunos com outros mais velhos, indesejável para os primeiros anos de vida.

E o mecanismo de recuperação foi utilizado corretamente por uns anos, para o aluno rever o conteúdo e tentar se RECUPERAR. Mas como todo mecanismo tem sua finalidade "entortada", a recuperação, já com o intuito de dar bomba, começou a ser utilizada para ELIMINAR alunos indesejáveis.

Vejam bem, o aluno INDESEJÁVEL devido ao seu comportamento, é passível de receber as Ocorrências, espécie de multa por mau comportamento ou falta grave. Os pais devem ser chamados, e a escola explicar que ele não está adequado às regras. Mas o aluno INDESEJÁVEL, porque não se encaixa em padrões sociais ou estéticos definidos por escolas que se julgam de elite não deve ser vítima do subterfúgio da recuperação e sofrer uma espécie de "bullying" institucional travestido de AVALIAÇÃO de competência.

Citamos este tipo de estratégia de algumas escolas porque realmente existe. As vagas são garantidas para a evolução curricular natural, ou seja, o aluno já está na escola e passa, então já tem sua matrícula garantida, bastando levar os documentos e pagar. Mas a perversidade de alguns dirigentes os leva a fazer política com as vagas da sua escola. De repente, eles resolvem PREJUDICAR um aluno que tem um rendimento mais fraco, mas que pode ter potencial ( e este julgamento só pode ser feito por profissional gabaritado), colocando-o em recuperação e já objetivando lhe dar bomba, para tirá-lo daquela escola.

Existem alunos BOLSISTAS, que não se enquadram nos padrões sociais e estéticos da escola, mas por força de lei a Escola é obrigada a aceitá-los ( e até procurá-los pois existe cota para isto ). Para a direção este tipo é um "coitadinho" que eles tem que engolir e ainda se jactar que fazem trabalho social. Mas aquele que tem este perfil, mas paga, portanto NÃO DEVE NADA À ESCOLA, incomoda. Na cabeça destes dirigentes perversos, até se perguntam: "como é que ele tem dinheiro para estudar aqui ?"

Portanto pais fiquem atentos às armadilhas e intenções não reveladas de dirigentes e coordenadores das escolas particulares, notadamente as tradicionais, e nos informem se observarem isto.