O ladrão e o homicida são preguiçosos por natureza. Um meliante das favelas (não são comunidades, são favelas mesmo) cariocas disse que conseguia em minutos, assaltando, o que o trabalhador demora um ano para adquirir. A preguiça e a ansiedade são parentes. O ansioso deseja reduzir a distância ao seu objetivo. Como em física a distância pode ser percorrida em mais ou menos tempo, dependendo da velocidade. Se queremos reduzir a distância, é porque desejaríamos percorrê-la no menor tempo possível ( e para isto foi inventado o automóvel e o avião). Estamos, portanto, indo mais rápido. Assim é o ansioso. Que as coisas cheguem rápido. Bobagem passar por tantas etapas.
O preguiçoso gosta da forma de raciocínio apresentada. Que venha rápido, pois ele é ansioso. E se ele for muito voluntarioso, ele se transformará num ladrão (conseguir o que quer rápido, tomando do primeiro que estiver na frente) ou assassino ( livrar-se de alguém que o impede de atingir o seu objetivo, e que, portanto, se configurou em obstáculo). Como o assassino transformou alguém (pessoa) em obstáculo (coisa) em sua mente, ele é um materialista, como a Medusa da mitologia grega, que transformava em pedra qualquer um que para ela olhasse.
O aluno psicopata, que mata o seu professor, quer chegar a uma nota melhor que zero sem ter que fazer a prova. Como o professor se transforma, para os preguiçosos, num obstáculo para a nota, ele apenas tira o obstáculo da frente, matando-o, pois a morte suprime do planeta aquele que morreu. É a forma rápida e burra, pois o objetivo não foi alcançado. O professor morto não mais consegue ler a prova e dar uma nota, pois morto está. O aluno será expulso da instituição e dificilmente poderá ingressar ou será aceito em outra escola, pois sua ficha ficou suja.
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