quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Violência e conflitos de autoridade

O indivíduo que não se sente seguro (segurado pelas mãos dos pais, segurado pela mão da babá, segurado pela mão da professora), ou pensa que pode fazer tudo porque nada o segura (1) ou pensa que não pode fazer nada (2), pois nunca sentiu segurança.

O tipo (1) é o que estamos abordando neste blog, como o candidato a violento. Sem rédeas, ele é um cavalo chucro, que escoicea e procura correr, não sabe bem prá onde, mas corre, até que algo o segure, alguém o dome, ou o mate.

Se você é um pai ou uma mãe, medite sobre o efeito profilático de segurar uma criança pela mão e ir conduzindo-a pela rua, fazendo a pausa para atravessar e ensinando-a a olhar para os dois lados antes e ao atravessar a via. Pense no efeito de pegá-la e segurá-la com as duas mãos para colocá-la sobre o burrinho que leva crianças para passear em seu lombo nos parques das cidades. Pense também no momento em que ela está doente ou com medo, e você pega em suas mãozinhas para lhe apoiar e ajudá-la a seguir. O ato de segurar a criança é que vai lhe dar a noção de segurança, tanto no ato quanto na linguística associada ao ato.

Se esta primeira noção for falha na criança, dificilmente se formará a idéia de segurado e de que existe alguém que a controla, e de este controlador é um tipo silencioso de autoridade (estou falando apenas do ato). E consoante com a "segurada", vem as exposições de que cuidados o pai ou a mãe estão tendo com ela, a criança. "Olhe, não faça isto", "cuidado com isso", "aquilo é perigoso".

Mas se o pai ou a mãe ou ambos nunca derem uma bronca com a voz um pouco mais alta e um pouco mais firme, como é que a criança e até moça ou rapaz vai suportar uma repreensão da professora. Existem nas escolas histórias de alunos suspensos por chamarem a professora de vaca. TUDO FRUTO DA MÁ FORMAÇÃO DO CONCEITO DE AUTORIDADE e da falha na intervenção para que o indivíduo se sinta SEGURADO. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário